A moça feita de barro-cozido
A moça feita de barro-cozido
Abriga o aço e a brasa em seu peito
Assim como o aço, a brasa também ama sua frágua
Ela é frágua, é frágil e humilde
Ama o aço e a brasa igualmente
Ama o forjador, seu pai celeste
Ama o soldado e o poeta
Que juntos tem o prazer de admirar
A adstringência seca, de sua boca de terracota.
A paciência triste de sua vida solitária
Que nunca amou, mas anseia por amar
Que nunca viveu, mas anseia pro viver
Que sempre sorri, mas anseia por chorar.
Assim como o soldado e o poeta
Feitos de aço e brasa, respectivamente
Ela vive em admirar as coisas
Que nunca teve, mas não pode lutar pra tê-las
Porque é oca e frágil,assim como eu.
Pois é feita de barro... Oh pobre donzela!
Pois é feita de barro, aço e brasa...
Nota: não procurem entender o que foi escrito, pois, é uma coisa muito pessoal. E só quem irá entender será aquela para quem o poema foi dedicado.
(Gabriel Gomes Ferrão)
Nota²: Este poema é o primeiro de uma série de 3.
terça-feira, maio 22, 2007
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Um comentário:
Muito subjetivo isso aí...
Gosto muito disso!!!
A subjetividade ocasiona a livre interpretação...
Abraços!!
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