quinta-feira, julho 31, 2008

Sertanódia


Eu sou jagunço entricheirado no sertão
No meu chapéu alteia uma estrela
Tenho cascalho no lugar do coração
E numa mão,carrego uma pexera

A minha casa é da Bahia ao Maranhão
E o meu teto,desfraldado infinito
Não vi o mar,mas eu vi a sequidão
Do meu sertão que é sempre mais bonito

Bendito seja meu "padinho",dê a mão!
Dê tiro certo a minha matadeira
E a pexera arrudeie com razão
E seu courisco alumie a noite inteira!

Sou mameluco, Tomo água em ribeirão
Maracatu bom é o de baque virado
Em Juazeiro encontrei a redenção
E meu cordel,por aqui está terminado!

Eu Lírico: João do Mar

(Gabriel F.)

quinta-feira, julho 17, 2008

Até pegar no sono (Ninguém viu)

Em verdade se sente o pranto que não é teu
mas chorado por ti,por olhos apaixonados
Apieda-se do pranto,da alma que morreu
E beija!Dedica teus doces beijos delicados

Criança,lágrimas vão flanquear teu vil
Espírito livre,e o teu rosto iludido
Mas espere!E o meu pranto?Ninguém viu?
Nas noites por ti,eu chorei escondido...

Diz que é triste ver a dor dela
É triste ver chorarem por você
Eu digo que a mais triste dor é aquela
que na noite,ninguém vê...

Choro também por você...
Mas guardo as lágrimas pra mim
um dia,quando por sorte perceber
já terá chegado o fim

Choro,choro...te vejo
choro também
Desejo...
rezo,rezo...almejo
pego no sono
amém...