terça-feira, setembro 04, 2007

Metafísica do Vermelho

Sedado no seu cheiro
Mergulhado no mar dos seus lábios...Um mar vermelho.
Corpos se tocam e estremecem
Seu ventre na minha boca
Seu orgulho na minha mão...
Minha alma na sua.
Jeito de menina...Minha menina
Vivo No instante,eu vivo no verbo "ser"na essência de ser...
Vivo,nesta noite,em você...Numa guerra louca,
num mar de travesseiros.
Num eclípse vermelho,na meia luz dum quarto
Numa luz arcana que sai de dentro de você
Seu olhar trôpego,quase caindo dos olhos
E tudo para
E tudo deixa de existir
E só sobra esta estranha visão carmesim.
E a física irônica de dois corpos,ocupando o mesmo espaço.

(Gabriel G. Ferrão)

3 comentários:

Unknown disse...

"Seu olhar trôpego,quase caindo dos olhos"


Pude idealizar essa cena facilmente, querido...

Parabéns...

"Escreveremos! Até a última gota de tinta e de água que tivermos em nossos corpos."

*Pri* disse...

Este parece influencia de Drummond...

até, menino...

Milene Leite disse...

Muito tempo que não venho aqui também.
É sempre bom ler-te.

Suas palavras são claras, harmoniozas, sinuosas...

Voltarei aqui com mais freqüência.
=)

Beijos Gabriel.