quarta-feira, dezembro 26, 2007

Justifico inconsequências

Agarro-me a esperança que me resta
Tal qual uma tábua de salvação
O navio afundou em plena festa
Deixando de tocar nossa canção

Agarro-me ao som da tua boca!
Estalado,estridende,um som distante
Saber que fui o primeiro,é coisa pouca
Na utopia de querer ser [outra vez] teu amante!

E é nessa utopia que eu vivo!
Humano sem esperança,é só carne replicante
Agora eu queimo a vida,em um fogo ardente,errante
Homem agora eu sou[só],e na vereda sigo

(Assim eu queimo a vida)

Mas se não me falhar a memória e se deveras tiver sorte,
Citarei a fraze notória que um velho poeta dizia:
Mas vale queimar a vida num fogo intenso e bem forte
Do que viver uma vida pífia requentada em Banho-Maria!

A alma, é do fogo a centelha mais nobre!
O fogo, é o espírito que queima em euforia!
Justifico inconsequênscias,com este poema pobre
Escrito na febre desta Utopia amarga e fria...

(Gabriel Gomes Ferrão)

4 comentários:

Diego G. Ferrão disse...

Muito bom Biel!!!

Ja tinha lido,mas não tinha comentado......

Gostei muito...

Vlw
Da uma passada lá no meu...

Milene Leite disse...

Que gostoso de ler...
(como sempre, né?!)
É sonoro, e intenso.

Adorei.

Obrigada pelo comentário.
Você é sempre bem vindo lá.
=)

Beijão.

Unknown disse...

POsso definir o poema com apenas uma palavra, muito conhecida dessas utopias pelas quais escrevemos..

Tanto você quanto eu....

"MOTIVO."

Thiago Kuerques disse...

Discordo ser utopia. Esta sua historia foi vivida. Sorte ter sido primeiro. Boa sorte para que consiga ser amante.
Queima mesmo a vida porque parece o amor ser o combustivel de tudo isso ai.
Abraçao