Título:
Um lago...Uma virgem...
Cenário:
A virgem bela se debruça nas margens do lago
E o lago,com sua voz serena e ancestral lhe confessa:
"Quando desesperada joga teus lábios
como gotas de chuva,e outros os recolhem...
Morre em mim uma parte tua...
Morre em ti uma parte minha....
Quando sedenta,busca em lugares desertos
as velas e os mastros "Do que é perfeito",lá estou eu
Sempre na tua retaguarda...
Obelisco,criatura protetora.
Sombra...
Confessa-me os teus pecados!
Quando triste,culpa tua tristeza pelo fato de não ter compainha,
Lá estou eu,estático,há milênios,vendo tua façe branca...
Quando me confidencia teus amores pagãos,
Revolto-me,encrespo-me...
Quando diz estar com sede,e quase me culpa por ela,
Meu banzo se faz tão profundo quanto eu sou...
Menina - digo - Olhai o lago,enxerga nele uma possibilidade...
E quando o cheiro doce da tua boca de virgem desce até o lamaçal
das minhas nascentes,e de lá não ousas nada...
Sussurro súplicas,repetidas vezes,como ondas que morrem na arrebentação:
- Mata...Mata a tua sede em mim..."
(Gabriel Gomes Ferrão)
"Baseado em histórias que nos contam na cama,antes da gente dormir"
sábado, maio 31, 2008
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2 comentários:
Nossa Gabriel... profundo esse hein..
Esse fim ...
"-Mata...Mata a tua sede em mim..."
Lindoo..
Beijoss
Geralmente nos referimos a algo muito bom utilizando uma metonimia, né?
- Isso é Picasso..
- Isso é Chico...
Pois bem...
Isso é Gabriel!
Aliás, Chico e Gabriel também são "PICASSO".
^^
aBRAÇOS!
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